Você Deveria Sair do Facebook Devido às Conversas Recentes Dele com os Maiores Bancos dos US?
O que é exatamente o Facebook? Alguns dizem que é uma forma brilhante de comunicação entre as pessoas, discutindo tópicos interessantes, e compartilhando memórias e vídeos de gatos. Outros dirão que o Facebook é uma operação degeneradamente gananciosa de obtenção dos dados que deseja coletar e organizar cada detalhe da sua vida pessoal e então vender pelo maior lance.
O Facebook evoluiu gradualmente de uma simples perda de tempo para algo no qual investimos emocionalmente e, consequentemente, as preocupações de privacidade agora se tornaram uma realidade. Em muitas ocasiões, o pessoal de Mark Zuckerberg não fez nada de extraordinário para resolver esses problemas.
Muitas pessoas acreditam que Zuckerberg falhou miseravelmente em explicar adequadamente como a empresa Britânica de coleta de dados, Cambridge Analytica, conseguiu coletar as informações pessoais de milhões de usuários do Facebook e então utilizá-las para propósitos políticos. Com isso em mente, não foi nem um pouco surpreendente que um certo artigo do Wall Street Journal publicado na segunda-feira tenha causado uma grande repercussão.
Índice
O Facebook solicitou de nossos bancos algumas das nossas informações financeiras
O Wall Street Journal revelou que a rede social de Mark Zuckerberg e alguns bancos americanos discutiram sobre uma parceria que envolveria o Facebook recebendo informações financeiras de alguns dos seus usuários, incluindo dados de cada transação que eles fizerem. Nenhum acordo foi fechado até o momento, porém muitas pessoas estão indignadas, e, conhecendo qual é o plano do Facebook, nós não podemos julgá-las.
Mark Zuckerberg é um homem rico porque a sua empresa coletou, até agora, vários dos seus dados e os vendeu para anunciantes que têm bombardeado você com anúncios personalizados. Agora, imagine esses anunciantes tendo acesso às informações sobre o que você compra, quando você compra, e o quanto você está disposto a gastar.
Facebook: Não é o que parece. Eu posso explicar.
Os porta-vozes do Facebook entraram em ação e, logo depois do relatório do Wall Street Journal sair, eles já estavam falando para dezenas de grandes websites tecnologógicos, explicando como a coisa toda foi tratada com exagero. Aparentemente, tudo isso foi feito em nome da conveniência do usuário.
Entrando em parceria com os bancos, o Facebook aproximaria milhões de pessoas das instituições financeiras que as servem. Ao invés de esperar por meia hora no telefone, você poderia acessar o Messenger e entrar em contato com o seu banco com a ajuda de um chatbot que irá ajudar a solucionar todos os seus problemas em um instante. O Facebook disse que o Messenger será utilizado como um sistema de alerta de fraudes.
Quando Kieren McCarthy do The Register perguntou aos representantes do Facebook se os dados dos bancos serão utilizado para anúncios personalizados, disseram a ele que não existem planos nesse sentido.
As nuvens negras do ceticismo
Como McCarthy concluiu corretamente, dizer que esse planos não existem não é o mesmo que dizer que isso não acontecerá, especialmente quando você tem em mente que, de acordo com esses mesmos representantes, algumas transações de dados serão armazenadas nos servidores do Facebook, caso o acordo aconteça. Você pode argumentar que tudo isso pode ser implicância, mas a verdade é que o histórico do Facebook quando diz respeito à proteção da privacidade dos usuários é dificilmente espetacular, então não acreditar no “desta vez será diferente” é compreensível.
Algo que deve ser destacado é que, de acordo com o Facebook, é você quem decide se quer ter as suas contas bancárias e o Facebook conectados ou não. Isso é muito importante porque significa que, se o acordo for fechado, você ainda poderia manter as suas informações bancárias longe do alcance do Facebook. E isso, por sua vez, significa que deixar o Facebook simplesmente por causa da notícia desta semana seria uma reação impulsiva.
Vale a pena seguir essa situação de perto e ficar atento ao que a empresa de Mark Zuckerberg está fazendo com os seus dados. O Vale do Silício é um lugar dinâmico, e o “nós não temos planos para fazer isto” pode ser mudado rapidamente para “ok, o quanto você está disposto a pagar pelos hábitos de compra desta pessoa?”
